De acordo com a lei, o resultado do exercício, se positivo, deverá ser distribuído ao Ministério das Finanças por via de dividendos em, pelo menos, 60%.
Os activos líquidos situaram-se em 11,04 mil milhões de kwanzas (16,9 milhões de euros), um acréscimo de 56,35% face a 31 de Dezembro de 2018.
O relatório destaca o contexto "desafiante em termos económicos" do ano anterior, devido às tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, bem como as incertezas à volta da saída do Reino Unido da União Europeia e elenca uma série de medidas tomadas no âmbito das políticas monetária e cambial.
Estas medidas permitiram à inflação manter a sua trajectória decrescente, passando de 18,60% em 2018 para 16,90% em 2019.
Na sua mensagem inicial, o governador do BNA, José de Lima Massano destaca igualmente que o ano de 2020 "trouxe uma situação totalmente inesperada a nível mundial", a pandemia da covid-19, que obrigou os países a implementar medidas de contenção e de combate ao vírus, incluindo a declaração de um estado de emergência pela primeira vez, como aconteceu em Angola, levando a uma súbita desaceleração da actividade económica que permite antever um cenário de recessão global, cuja dimensão está ainda por quantificar.
"Em resposta a este enquadramento, o executivo e o Banco Nacional de Angola implementaram as medidas ao seu alcance, para tentar atenuar os efeitos da crise na economia e na população", sublinha, indicando que o BNA continuará a acompanhar o desenvolvimento do sector financeiro e da economia de forma a poder implementar as medidas que mais se adequam ao contexto actual sem perder de vista o cumprimento dos objectivos de longo prazo.
Fonte: Lusa